quinta-feira, 30 de abril de 2009

The comedown.

Todas as noites tenho virado um monstro entre quatro paredes. Entre meus ombros e a minha cintura, sinto um buraco enorme, que toda vez que meu coração pulsa ele aumenta. Meus braços são lentos e trêmulos, deixando minhas mãos frias. É um vazio sólido, parece ter somente o buraco, sugando tudo o que existe por perto, deixando somente suas pulsações. Não sinto dor em andar, ou até mesmo um soco não doerá. Tremo, sinto frio e estou suando. Sinto-me fraca, incapaz de compreender o que está havendo em minha volta. "Você sempre volta com as mesmas notícias, eu queria ter uma bombá..." É a unica frase que ecoa. Acho que não estou voltando, continuo parada, fria, trêmula, enjoada, com um buraco no estômago, dor que não passa, é física, mas por quê? Outra bolinha nasce na minha mão e descobri que elas são stress. Que engraçado devo estar preocupada com o que eu nunca soube. Você está bem? Como deve estar se sentindo? O que acha disso tudo? Perguntas que não terei respostas, porque elas podem doer. Não tenho paciência, sou como uma criança inquietante à espera do seu brinquedo, com pais pobres sem condições de dar-lhe aquele brinquedo. Não considere, responda. Viva, fale, seja feliz, faça o abominante, esqueça, seja. Um dia, tudo isso passa, mas não pergunte-me quando nem para quem.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Por que não nascemos pra amar somente uma pessoa e a certa? Sabe, que oque eu aprendo na vida, nunca aprendi na escola onde as tias do jardim falavam que não podíamos machucar, magoar o próximo, muito menos quem amamos.
Por que pessoas são tão cegas, tão sujas, tão submissas, quando você pensa que conhece, PÁ, toma na cara porque ninguém mandou você confiar em um ser humano.
Eu sinto uma dor bem no meio do meu estômago e eu sei que não é fome nem outra coisa. Eu tremo, não é de frio nem eplepcia. Você faz eu me sentir o mais idiota dos seres, o mais abominante, o mais sujo palhaço que existiu.
Será que a sua mãe não lhe dizia que coração dos outros é terra que ninguém pisa? Poupa-me de seus lamentos, que o único que está lamentando ocultamente sou eu, enquanto todo o resto ri e se diverte às minhas custas.
Ninguém viu, eu ia ao escuro do mundo, ao mais oculto, para buscar o que você queria. Eu sempre estive aqui, por que nunca abristes teus olhos? Por que deixa influenciar tão facilmente, é uma criança à beira de um rio cheio de jacarés famintos.
Não, eu não quero me prender a essa dor, a esse passado, a esse arrependimento que não é meu. Por que comigo, por que hoje.... por que? Eu não consigo entender, porque as coisas se viraram conta mim. Eu nunca fiz nada de errado pra elas, e eu simplesmente perdi tudo. Tudo o que eu amava, tudo o que eu tinha, qualquer pouquinho de felicidade que me restava escorreu pelo ralo, se foi. Por conta de quê?
Palavras? As minhas inumeras, sumiram. Palavras são areias do deserto, se vão porque o vento leva. Eu prefiro nem saber o que eu fui pra você... eu prefiro nem saber o tamanho da sua felicidade ao saber que não tens mais a quem sentir-se culpado, ou preso.
Seja feliz, viva, com quem realmente é bom pra você. Porque se o tempo não te mostrou quem sou eu, você nunca mais saberá o que eu tinha guardado pra te dar.

sábado, 25 de abril de 2009

Amanhecer.

O dia amanheceu. Eu respiro fundo o ar puro da minha cidade poluída.
Eu não dormi essa noite, novamente. Sou só eu e minha câmera, a fotografar a coisa mais espetacular do mundo, exposta à todos, sem diferença, todos os dias.
Eu penso que essa seja a minha tese, a minha base.
Vejo a mesma cena, por alguns minutos, e espero o dia todo para revê-la. Todos os dias é diferente, acredite.
Penso, é coisa de Deus mesmo. Eu descobri que as paredes da casa Dele são azuis.
As nuvens dançavam para mim e para a minha câmera, capturando todo seus pequenos movimentos...
É divino, é o tecer dos anjos, do meu anjo.
É o amanhecer.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Motivo.

Eu tenho dois braços, uma mente. Tenho uma boca e um coração, tenho você. Dois braços para construir, uma mente para pensar, uma boca para expressar, um coração para amar, e você para dar o melhor do meu ser.
Uma vez eu perguntei ao céu, se um dia eu encontraria alguém que me fizesse parar no tempo. E ele não respondeu. Outrora eu perguntei, se eu encontraria alguém que fizesse a diferença na minha vida... mais uma vez não tive resposta.
Um dia, cansei de perguntar. Deixei acontecer, porque sempre quando menos esperamos algo acontece e muda completamente nossas vidas.

Eu estava certa.

Esse algo tão esperado transformou-se em alguém.
O alguém que hoje faz a diferença, faz o tempo parar. Que dá sentindo e rumo aos meus braços, à minha mente, boca e coração.
Que na dor e na alegria é o estopim. É o que cada sentido precisava para fazer sentido.
Amor.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Hoje eu esqueci de te dizer, que foi muito bom ter te conhecido.
Hoje eu esqueci de dizer as palavras que lhe dizia todos os dias.
Amanhã, não será como os outros dias, nem como hoje.

Amanhã, eu não estarei mais aqui.
Amanhã, não serão as minhas palavras que entrarão pelos seus ouvidos e o deixarão refletindo.

Hoje, foi um dia difícil.
Na verdade, eu não esqueci de te dizer, acho que preferi não dizê-las.
Como seus dias serão sem mim ? Como seus dias serão ?

Eu me preocupei a vida toda contigo e agora é minha hora de partir e eu não sei como vai ser.
Eu ouço uma música, eu vejo um filme de recordações que das muitas vezes me vejo sozinha.
Acho que ele quis me mostrar o quanto eu me doei a você.
Acho que ele está me ensinando a viver sem você.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Não vire um mostro para arrancar o soriso de alguém. Não seja o mocinho, nem mesmo fazer careta. Dor é dor. Felicidade não é contínua, muito menos a dor.
Faça alguém sorrir, sorrindo.
Sorria, isso basta.

"A brisa me traz fotos cerebrais que eu tirei dos bons e maus momentos que vivi."

Não peça-me para ficar feliz. Não peça-me para sorrir ou esquecer.
Não peça-me o impossível, pois ferida aberta arde e fere.
Um dia passa. Um dia me erguerei e saberei que nada nessa vida é para sempre, nem ela mesma.

"O tempo passa, a pele enrruga e o que foi já não é e nem voltará a ser."


Tempo difícil de viver, a respiração é pesada e o nó na garganta atormenta minhas noites sem dormir. Foram dias de luta, sem saber que rumo seguir. Todos somem, até quem mais lhe dava forças apenas por existir.
Palavras já não eram suficientes para confortar tamanho aperto e o nó na garganta aperteava-me na hora de ir.
Qualquer esforço era banal, as mágoas estavam estampadas em meu rosto mas ninguém conseguia enchergar. Era a minha dor, o peso da minha cruz.
Eu chorei, eu dormi... eu vivi.

"Não odeio essa fase pois, pude ver e perceber que sou muito maior que a necessidade de ser. "