sábado, 29 de agosto de 2009

Mural jpg.

O horóscopo diz: romântica, sensível, desconfiada, ciumenta, determinada, criativa...

Apesar de eu não acreditar, ele nunca esteve errado. São alguns adjetivos tão obvios pra me definir. Se eu colocasse somente ele já bastaria. Mas aí, deixaria de ser eu. Deixariam de ser minhas palavras a dizer coisas que realmente são. Não uma descrição barata à todos os piscinianos existentes no mundo. Eu não preciso dizer somente o que é favorável a mim. Afinal, todos sabem e percebem naturalmente como sou. Não preciso esconder de ninguém meus sentimentos bons ou ruins, meus choros inúteis e repentinos, nem meu ciume, nem meus surtos. Eu não nasci pra ser nada. Hoje percebo isso impregnado dentro de mim... A certeza de que vim pra fazer o meu, pra ser eu. Apenas. Pra viver e deixar viver. Viver, a melhor palavra pra definir meu desejo momentâneo e eterno, ao mesmo tempo. Existir não basta. Faz bem aquele que gosta do que faz. Por isso, não valeria apena escrever isso tudo, se eu não fizesse valer as palavras que eu denomino minhas. Essas são minhas, sou eu. Eu fotografo os meus momentos como se fosse colar essas fotos num grande mural. No mural da minha vida e quando eu for somente um espaço na terra, eu saber que fui alguém. Alguém de nome, de significado, de bem. Ser realizado, já basta. Ser realizado e feliz.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tempos Temporais.


Eu vivo uma poesia constante. Nunca vi um ponto final, apesar de tantas virgulas e novos versos ela sempre continua. Eu vivo uma poesia constante, eu vivo uma música sem fim, eu acho que vivo. Eu vivo a arte que faço, que vejo, que produzo. Que leio, que enceno, que entendo.
Que choro, que emociona o emocional tão frágil meu. Não me importo em chorar com aberturas de desenhos infantis, não me importo de chorar por baladas, não me importo em ser eu mesma. Não me importo em chorar quando todos dizem para eu não fazer. Quem foi que disse que chorar é ruim?
Nos últimos dias eu não tenho feito isso. Tenho aguentado firme. Talvez isso seja um grande erro, talvez eu goste de sofrer. O meu sofrimento esconde um fundo de prazer.
Talvez eu tenha feito algo, que é ouvir as musicas que me lembram você. Que é tentar saber de você, que é me magoar ao saber de você.
Eu vivo um filme sem roteiro, sem câmeras e ação. Eu vivo somente por viver. Se não for pra ser o melhor é melhor não ser. E como diz um velho amigo, ser é um verbo e como todo verbo tem seus tempos verbais.
Eu tenho meus tempos verbais, meus tempos emocionais, meus tempos temporais. Respeitá-los é uma boa pedida, mas tem que ser na medida. Nem muito, nem tão pouco. Apenas o suficiente para não fazer ninguém sofrer. Na verdade eu sinto falta de você.

domingo, 2 de agosto de 2009


A arte nos olhos dos que podem ver, aos grandes e sensíveis mestres que combatem moinhos de vento. As palavras ditas e as não ditas que mudam. A contradição e a certeza de um dia após o outro, a vida. O amor do coração dos puros e fracos que se entregam ao que sentem. Amante das coisas simples e singelas, mas valiosas e enriquecedoras. O canto do passarinho que nos lembra o amanhecer de um novo dia. A aurora, o vento, o crepúsculo que acompanha cada amanhecer. Os anjos que cuidam, que protejem. Os fortes heróis da infância combatendo o mal que não existe. As bruxas queimadas apenas por acreditarem no que queriam. Os grandes poetas, grandes revolucionários que morreram por deixar história. O grande Homem, o poder maior que veio a Terra para salvar a humanidade. As pessoas boas e más que enchem o mundo de nada. Os grandes criadores de grandes idéias e, mesmo que não seja grande é boa. Os que apenas reproduzem. Os que tem conteúdo, que marcam as palavras como carimbos de fogo. Os que não tem nada além do lamento diário. Os que apenas juntam palavras para transmitir ao mundo o que o mundo não vê. As águas que a escasses toma conta. O fogo que arde na mata verde. Os assuntos que se misturam. A vida que se deixa e nos deixa levar. As palavras que juntas descrevem uma só: Pensamento. O meu pensamento.