quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tempos Temporais.


Eu vivo uma poesia constante. Nunca vi um ponto final, apesar de tantas virgulas e novos versos ela sempre continua. Eu vivo uma poesia constante, eu vivo uma música sem fim, eu acho que vivo. Eu vivo a arte que faço, que vejo, que produzo. Que leio, que enceno, que entendo.
Que choro, que emociona o emocional tão frágil meu. Não me importo em chorar com aberturas de desenhos infantis, não me importo de chorar por baladas, não me importo em ser eu mesma. Não me importo em chorar quando todos dizem para eu não fazer. Quem foi que disse que chorar é ruim?
Nos últimos dias eu não tenho feito isso. Tenho aguentado firme. Talvez isso seja um grande erro, talvez eu goste de sofrer. O meu sofrimento esconde um fundo de prazer.
Talvez eu tenha feito algo, que é ouvir as musicas que me lembram você. Que é tentar saber de você, que é me magoar ao saber de você.
Eu vivo um filme sem roteiro, sem câmeras e ação. Eu vivo somente por viver. Se não for pra ser o melhor é melhor não ser. E como diz um velho amigo, ser é um verbo e como todo verbo tem seus tempos verbais.
Eu tenho meus tempos verbais, meus tempos emocionais, meus tempos temporais. Respeitá-los é uma boa pedida, mas tem que ser na medida. Nem muito, nem tão pouco. Apenas o suficiente para não fazer ninguém sofrer. Na verdade eu sinto falta de você.

Um comentário:

  1. "Eu vivo uma poesia constante, eu vivo uma música sem fim, eu acho que vivo"

    exatamente... acho isso também.

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